2 de maio de 2010

Projecto " HISTÓRIAS CONTADAS POR NÓS"

A avó Aurora e o neto João

O João era um menino feliz. Tinha cabelos castanhos, olhos pretos muito brilhantes e um bonito sorriso. Vivia com a sua avó Aurora que tinha cabelos aos caracóis, olhos cor de mar e lábios cor de cereja. A avó Aurora amava muito o seu neto João e o João amava muito a sua avó Aurora.
Um dia, os dois foram à feira. O João pediu um periquito à avó e ela fez-lhe a vontade até porque era barato. O João adorou o presente e foi a casa do amigo José mostrar-lho. O amigo abriu a gaiola e tentou agarrá-lo mas o periquito assustou-se e fugiu…
O João chorou toda a noite até adormecer.
De manhã, bem cedinho, a avó Aurora saiu de casa e foi comprar um peixe de aquário. Quando regressou, colocou-o dentro de uma caixinha e pôs a “prenda-surpresa” em cima da cama do menino.
O João acordou e ficou curioso com aquele embrulho especial. Abriu-o rapidamente e viu lá dentro um saco de plástico com água que tinha um peixe colorido e queridinho. Os seus olhos brilharam ainda mais e foi a correr agradecer à avó aquele peixinho.
Mas o pior aconteceu. O João esqueceu-se de lhe dar comida e o peixe morreu uns dias depois.
A avó ralhou com o João, já era demais! Ficou triste e zangada e disse-lhe que nunca mais lhe comprava animais.
O João foi ter com o José e este viu que o amigo estava triste e convidou-o para um passeio de bicicleta. Durante o passeio o pneu da bicicleta furou e tiveram de regressar a pé até casa.
O João não estava a perceber nada do que lhe estava a acontecer. Já eram azares a mais!
Deitou-se e não conseguia dormir…depois de muitas voltas na cama lá acabou por adormecer. Enquanto dormia, sonhou que o periquito tinha voltado à gaiola e que o peixinho nadava feliz no aquário.
Ao acordar sentiu-se muito melhor!
Saiu do quarto e qual não foi o seu espanto ao encontrar o seu periquito na gaiola e o seu peixinho no aquário.
O que tinha acontecido? O sonho tinha-se tornado real!...
O periquito tinha voltado com saudades do dono e o peixinho afinal não tinha morrido, estava só a dormir a sesta.
O João ficou muito feliz e foi a correr contar à avó.
A avó pediu-lhe desculpa por ter ralhado com ele e deu-lhe um beijinho com muito amor.

11 de Março de 2010 / Texto Colectivo do 1ºB

A joaninha e os ovos da Páscoa
Era uma vez uma joaninha que estava pousada numa margarida do jardim, a apanhar Sol, quando reparou numa coisa que brilhava por detrás de um arbusto. Afastou as folhas e viu um ovo colorido, logo ao lado outro, e mais outro, ainda outro, e outro mais… ao todo eram vinte ovinhos de chocolate.
Apeteceu-lhe provar um, tirou uma pontinha da prata e deu-lhe uma pequenina dentada. Logo a seguir provou outro e cresceu-lhe água na boca para provar os restantes ovos deliciosos!
Todos os ovos ficaram sem um bocadinho e quando a joaninha se preparava para voar dali para fora, já de barriguinha cheia, apareceu um coelho que vivia ali perto, na sua lura. Dirigiu-se ao arbusto e…
-Ei, quem trincou os ovinhos? – gritou zangado.
A joaninha assustou-se com aquele grito, teve medo de contar a verdade e respondeu baixinho:
-Eu não fui! Acho que foi uma andorinha que por aqui passou e bicou todos os ovos!
Depois de ter observado os ovos com muita atenção, o coelho não acreditou.
-Hum… Não foi uma andorinha! A andorinha tem um bico maior e os ovos só têm uma dentadinha! Se calhar foste tu, joaninha!... Diz a verdade! – exclamou o coelho cada vez mais irritado.
-Desculpa! Fui eu que estava com fome e resolvi dar uma trincadinha em cada um… - disse a joaninha muito arrependida.
-Pronto, aceito as tuas desculpas mas para a próxima vez não mintas. É feio mentir!!! Sabes que estes ovos são especiais. Fui eu que os escondi atrás do arbusto. São para os meninos do 1ºB jogarem à “Caça aos Ovos”, no último dia de aulas do 2º Período. – explicou o coelho já mais bem disposto.
-Ah! Descobri!... Tu és o Coelhinho da Páscoa?! – exclamou a joaninha alegremente.
-Acertaste! Sou mesmo o Coelhinho da Páscoa. E por teres dito a verdade vou dar-te um ovo inteirinho só para ti!
-Obrigada, és um coelhinho muito querido! Agora, para agradecer a tua simpatia e bondade vou ajudar-te a embrulhar mais ovinhos para fazeres a surpresa aos meninos do 1ºB.

25 de Março de 2010 / Texto Colectivo do 1ºB

O meu Pai, o meu Amigo

Era uma vez o meu pai...
Que me dava muitos miminhos
Que me levava às cavalitas
Que comigo jogava às escondidas
E me comprava roupas catitas.
Era uma vez o meu pai…
Que brincava comigo ao faz-de-conta
Que me dava beijinhos ao acordar e adormecer
Que me pegava sempre ao colo
E me ensinava a aprender.
Era uma vez o meu pai...
Que me levava aos baloiços
Que me escutava com atenção
Que me dava muitos abraços
E tinha um grande coração.
Era uma vez o meu pai...
Que me aquecia no Inverno
Que fazia o almoço e o jantar
Que se deitava comigo no sofá
E me levava a passear.
Era uma vez o meu pai...
Que comigo jogava à bola
Que me deixava ver televisão
Que andava comigo de bicicleta
E brincava comigo ao pião.
Era uma vez o meu pai...
Que me acompanhava à escola
Que me lia lindas estórias
Que era muito querido
E me fazia as vontades todas.
Era uma vez o meu pai...
Que me deitava a dormir
Que me dava um carinho
E me fazia sorrir.
Era uma vez o meu pai...
Que fazia palhaçadas
Que me fazia cócegas no nariz
Que saltava comigo na cama
E me tornava feliz.
Era e é o MEU PAI
Que às vezes até ralha
Porque eu me porto mal
Mas eu não me importo
Pois ele é um Pai especial!

18 de Março de 2010/Texto Colectivo do 1ºB

Bichinhos-da-seda na Biblioteca

Era uma vez um menino chamado Luís que recebeu de prenda da sua mãe alguns bichos-da-seda.
O Luís andava na Escola e resolveu levar os bichinhos-da-seda para a sua sala de aula, a sala 2 da Turma do 1ºB do Centro Educativo de Condeixa.
À sua chegada, todos os colegas ficaram excitados com os novos “companheiros” e era uma correria durante os intervalos para os ver a devorar as folhas tenrinhas de amoreira.
Chegou o fim-de-semana e os bichos-da-seda ficaram sozinhos na sua caixinha de papelão. Como eram muito comilões depressa comeram todas as folhas e a fome apertou. Então, decidiram sair da caixa e perguntaram ao seu amigo do lado:
- Ó Laranjinha, queres vir connosco procurar comida?
- Não posso! Já uma vez fugi e ia morrendo na areia da praia… Não vou arriscar novamente!
- Então vamos sem ti… Adeus Laranjinha! Até mais logo!
Os bichos-da-seda lá partiram à procura da comidinha. Rastejaram pelos corredores. Já cansados de tanto rastejar e com muita fome desesperaram. Viram então uma porta enorme entreaberta e lá dentro estavam muitos livros. Um deles estava aberto e tinha desenhos de folhas de árvore. Os bichos-da-seda pensaram ser folhas de amoreira verdadeiras e atiraram-se a elas. Roeram uma ponta, outra ponta mas as folhas sabiam mal… que dor de barriga tinham! Afinal não eram folhas de amoreira. Eram outras folhas esquisitas que desconheciam e das quais não gostavam nada!
Cansados do esforço, os bichos-da-seda deitaram-se de barriga vazia e adormeceram.
Na segunda-feira, os meninos regressaram à Escola e ficaram surpreendidos ao ver que os seus bichos-da-seda não estavam na caixa de cartão. A senhora professora exclamou:
- Acalmem-se meninos! Os bichinhos não podem ter ido longe. Vamos procurá-los!
Procuraram por toda a Escola: as salas de aula, o cantinho da leitura, a sala de jogos, corredores, casas-de-banho, recreio, campo de jogos, …e nem uma pequena pista.
Só faltava procurar na nossa BIBLIOTECA!
Correram para lá e começaram a abrir todos os livros, um a um e não encontravam os seus bichos-da-seda.
Quando já estavam quase a desistir viram numa prateleira um livro aberto com folhas roídas e ao lado os seus bichinhos a dormir profundamente.
A Diana foi a primeira a vê-los e gritou:
- Estão aqui os nossos bichinhos! Venham cá ver… Olha aqui eles tão sossegadinhos!...
Os colegas ficaram muito satisfeitos com a descoberta. Com muito cuidado pegaram os bichos-da-seda e levaram-nos de novo para a sua caixinha de papelão.
Que grande aventura viveram estes nossos novos amiguinhos!

23 de Abril de 2010
Texto Colectivo do 1ºB