19 de junho de 2010

Adaptação da obra " A maior flor do mundo"

GUIÃO PARA A REPRESENTAÇÃO COM TEATRO DE SOMBRAS
A MAIOR FLOR DO MUNDO…

CENA I
Numa ilha chamada Lanzarote, vivia um senhor muito famoso, chamado José Saramago. Ele escrevia muitos livros para as pessoas grandes. Este escritor não escrevia livros para as crianças porque pensava que não tinha jeito.
Mas, certo dia, um menino perguntou-lhe porque é que ele não escrevia histórias infantis:
- José Saramago, porque é que não escreve livros para crianças?
E ele respondeu:
- Olha, acho que é mais difícil, é preciso muita paciência e jeito para isso…
Mas… ele ficou a pensar e…. logo naquele dia à noite, começou a escrever…
CENA II
…Era uma vez um menino que vivia numa aldeia pequenina. Era feliz porque brincava muito no quintal e na rua com os amigos. Mas o seu mundo era muito pequeno…para lá do rio que corria ao fundo da aldeia ele não conhecia mais nada…
Um dia, mesmo sabendo que os pais não iam gostar, pensou:
- Vou arriscar. Vou à procura de coisas novas…
Encheu-se de coragem, saltou o muro do quintal, atravessou a velha ponte…
E foi andando, andando…passou por florestas, vales, viu borboletas muito bonitas a saltar de flor em flor, viu carreiros de formigas a trabalhar, viu passarinhos a fazer os ninhos e ouviu a cigarra a cantar…e foi descobrindo coisas que nunca tinha visto.
Afastou-se, afastou-se…e chegou a um sítio muito plano com poucas árvores e lá ao fundo havia um pequeno monte…

CENA III
Estava tão entusiasmado, tão contente, que nem sentia o cansaço e ainda pensou ir até ao cimo do monte para ver melhor o mundo…
Subiu, subiu…e lá bem no cimo, encontrou uma flor cheia de sede…quase a morrer…
Teve muita pena, mas não havia água ali perto…olhou, olhou e viu que muito longe passava um riacho…talvez fosse a nascente do rio que passava na sua aldeia…
E então disse à flor:
- Olá flor? Que tens? Estás cheia de sede, não é? Espera um pouco…eu vou tentar salvar-te…
- Não, aquela flor não podia morrer – pensou ele.
O menino corajoso e destemido caminhou e chegou à beira do rio. Das mãos fez concha… encheu-a de água fresca, depois de também ter matado a sede, e lá foi até ao cimo do monte…uma vez, duas vezes, três vezes, mil vezes…porque a sua mão era pequenita …
A flor começou a sorrir e a crescer, a crescer… Ah, como o menino estava feliz. Muito cansado mas feliz!
_ Ai, que estou tão cansado…mas tão contente…!
Chegou a noite e adormeceu…então uma pétala soltou-se suavemente e foi cair-lhe em cima, abrigando-o e trazendo-lhe uma gota de néctar cheio de energia

Cena IV
Na aldeia já andava a protecção civil, os bombeiros, a polícia…tudo à procura dele. E nada…até que desistiram. Mas os pais e uns vizinhos continuaram à procura…
Conversavam eles :
- Onde se terá metido o rapaz? Será que foi raptado?
- Deus queira que não…
Passaram o quintal, passaram a ponte e chegaram àquela clareira que tinha um monte. O sol estava a nascer e lá no cimo viram uma planta muito grande com uma flor tão grande , tão grande, que foram ver de perto o que era aquilo…
-Está aqui, está aqui! – gritou de alegria o pai…
E o menino acordou quase assustado… e com medo disse:
- Papá, mamã, ainda bem que estão aqui. Já estava com medo…
E os pais responderam:
- Meu querido filho, não tenhas medo, nós estamos aqui.

Abraçaram-se muito, muito… e regressaram à aldeia.
Quando lá chegaram todos ficaram felizes e fizeram uma grande festa .
Havia balões, confettis , muita música, muitos bolos, e muitos sumos….
Ficaram muito vaidosos e perdoaram ao menino por ter saído sem dizer nada, porque ele tinha conseguido salvar uma flor, uma flor tão grande, tão grande…que no mundo não havia outra assim…

3º A

Sem comentários:

Enviar um comentário